A VELHA POLÍTICA ATACA: ESCLARECIMENTOS SOBRE A MINHA PARTICIPAÇÃO NA ELEIÇÃO DE 2018

Há dois anos, luto pela nomeação como servidor do Estado do Rio de Janeiro, assim como centenas de colegas na área de Educação, sem contar em outras centenas de pessoas em outras áreas públicas. De lá para cá, aprendi muito, de fato, tem sido uma dura “escola da vida”. Em determinado momento, alguns colegas me pediram que eu vislumbrasse um mandato eletivo para representar no Legislativo as pautas que construímos, com foco no empossamento dos novos servidores e demandas correlatas.
De algo meramente temporal e embrionário, pensei bem e decidi levar a construção coletiva da luta dos concursados para uma discussão mais ampla, de preferência, no Legislativo estadual. Sem experiência na vivência partidária, vi no histórico Partido Democrático Trabalhista (PDT) estatuto, manifesto e história convergentes com a pauta que pretendia levar adiante.
Chegando ao PDT, participei da refundação da Comissão Municipal de Educação, fui empossado como membro da Comissão e, modéstia à parte, me tornei um dos membros mais ativos!
Participei de edições da Brizolândia, discuti política, combati o fisiologismo (isso me gerou adversários/inimigos na agremiação pedetista), fui o terceiro a assinar a relação de pré-candidaturas a deputado estadual neste Estado, apresentei memorandos importantes, nunca pedi cargo em razão da minha filiação, jamais ganhei um centavo em razão das minhas atividades políticas e partidárias.
Em abril, recebi um honroso convite (na época, comentei aqui) para ingressar em outro partido (para muitos, a principal frente progressista no Rio de Janeiro), agradeci o interlocutor, mas preferi seguir no partido que minha avó paterna é filiada desde a década de 80.
Cheguei por aproximação ideológica e convergência de ideias, sem “padrinhos”; sem alianças pragmáticas, espúrias ou meramente fisiológicas. Conduzi esta, até então, pré-candidatura a deputado estadual lamentavelmente sem nenhum apoio da atual direção, embora o PDT tenha recebido mais de R$ 64 milhões de fundo em 2018 e tenha uma grande estrutura. A pessoa (prefiro não citar nome) que deveria me prestar, pelo menos, informações não me deu suporte e agora se lança pré-candidato a senador. Será que o Senado precisa de atitudes assim?
Não tive informações fundamentais sobre a contratação de contador, algo que seria o mínimo para oficializar a campanha, pois o Tribunal Superior Eleitoral exige que as prestações de contas sejam assinadas por um contador ou técnico em Contabilidade. Falhas ou omissão nessa etapa poderiam me deixar inelegível por oito anos e passível de multa na faixa de seis mil reais.
Sem o apoio minimamente necessário da atual direção partidária, infelizmente comunico que, nesta eleição, não estarei como candidato a mandato eletivo. Agradeço a todos e todas que me ajudaram de alguma maneira, não citarei nomes para evitar que algum companheiro(a) eventualmente não citado se sinta preterido(a).
Continuarei percorrendo o Rio, ouvindo as demandas populares e executando-as dentro do possível. Neste momento, é fundamental que elejamos candidatos compromissados com as questões sociais. Em breve, divulgarei os candidatos que apoiarei e apresentarei meus motivos.
Parafraseando o mestre Darcy Ribeiro, tentei levar adiante uma candidatura da periferia carioca, mas fui vencido, tentei levar uma pauta construída coletivamente por trabalhadores (em sua maioria, educadores), mas fui vencido, tentei conduzir uma campanha que contrariasse a lógica de gastos milionários e “robôs”, mas fui vencido. Embora tenham me “vencido”, não gostaria de estar no lugar de quem me “venceu”.
Mantenho meu respeito à história pedetista, aos legados trabalhistas e aos verdadeiros militantes, porém é inevitável que a atual direção não tenha mais meu apreço.
Abraços e saudações!

Crédito da imagem: Hélio Doyle e Jornal de Brasília

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